Veículos autônomos são uma tendência tecnológica que desperta muito interesse e certamente terão um grande impacto em nossa vida durante a próxima década.
Alguns temem a ideia de avenidas cheia de carros com passageiros humanos desatentos, outros já se preocupam com aspectos éticos e legais. Os defensores, no entanto, alegam que carros sem motorista podem oferecer maior eficiência nas viagens, menos congestionamento nas estradas, menos acidentes e mais tempo livre para as pessoas de modo geral.
A indústria americana reconhece 5 níveis de automação, sendo o nível 5 para veículos completamente automatizados, sem nenhuma assistência humana. Embora alguns fabricantes aleguem serem capazes de lançar modelos comerciais nível 5 dento de poucos anos, é impossível saber o quão longe estamos da proliferação em massa desta tecnologia. Sem contar que ainda vamos depender de regulamentação, adequação da infraestrutura rodoviária e da própria aceitação do consumidor.
O que já podemos afirmar é que: quanto maior o nível de automação, maior a necessidade de conectividade de rede e segurança. Seja qual for o padrão tecnológico a ser estabelecido, podemos pensar em três tipos concomitantes de comunicação:
Veículo a Veículo: permite que os veículos aumentem suas próprias habilidades a bordo para detectar perigos, evitar o tráfego, etc. Dão ao veículo a capacidade de utilizar os veículos ao seu redor para obter informações coletivas.
Veículo a Infraestrutura: permite que os veículos recebam informações em tempo real sobre a malha rodoviária, recebam serviços por assinatura e até mesmo sejam monitorados por autoridades de trânsito, por exemplo.
Veículo a Fabricante: permite que o fabricante monitore, instale atualizações, emita recalls, receba feedback dos passageiros, distribua conteúdo, recursos pagos e muito mais.
Essa dependência de conectividade, juntamente com uma infinidade de possíveis riscos de segurança, torna a utilização da criptografia e autenticação essenciais para a indústria automobilística autônoma. Cada veículo deverá possuir uma identidade digital e cada participante desse ecossistema deverá autenticar e decodificar todas as informações enviadas e recebidas.
As tecnologias de criptografia e certificação digital podem ser implementadas em todos os aspectos da conectividade de veículos, incluindo:
Autenticação do Usuário ou Passageiro;
Proteção das comunicações Veículo a Veículo;
Proteção das comunicações Veículo a Infraestrutura;
Proteção das comunicações Veículo a Fabricante
Tecnologias como Hardware Security Modules (HSMs) de diferentes portes, serão uma peça fundamental para viabilizar essa tecnologia. Manter chaves e certificados em software seria um risco muito elevado, e até o momento a forma mais segura de armazenar e gerenciar certificados digitais é utilizando HSMs. Veículos sairão da montadora com dispositivos HSM (do tamanho de um telefone celular) embarcados, contendo um certificado digital assinado pelo fabricante do automóvel ou pela própria montadora, e com capacidade para se comunicar através da rede 5G – já em testes em alguns países.
O computador interno do veículo poderá autenticar as credenciais dos passageiros, bem como as informações que recebe de outros veículos, da polícia rodoviária, do fabricante, etc. Isso dará aos usuários a tranquilidade em saber que seu veículo autônomo está recebendo informações corretas, das fontes certas, o tempo todo.
O armazenamento da identidade digital para provar que você é quem diz ser, seja ela por criptografia, digital, código de íris ou outros, armazenadas em dispositivos com rígidos padrões de segurança e de acessibilidade em nuvem, serão imprescindíveis para novas tendências, tais como: criptomoedas, veículos autônomos, internet das coisas (IoT), smart grid e cidades inteligentes.
Fonte: Computer World