O Brasil possui mais de 100 mil vestígios de agressões sexuais armazenados sem análise. Isso devido a falta de estrutura de alguns estados. Mas o processo de verificação do DNA desses vestígios deve ser acelerado, depois da inauguração do Centro Multiusuário de Processamento Automatizado de Vestígios Sexuais da Polícia Federal, aqui em Brasília.
O coordenador da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça, Guilherme Jacques, detalha os objetivos do projeto.
Um robô que consegue separar as células dos agressores e das vítimas foi adquirido para o Centro da Polícia Federal em Brasília. Esse equipamento consegue analisar até 40 amostras ao mesmo tempo. Com ele é possível identificar o DNA dos agressores para esclarecer os crimes e também incluir esses dados no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
A expectativa é que mais de cinco mil vestígios sejam analisados por ano no centro. Além de Brasília, outros dois estados terão esses robôs para analisar o DNA de vestígios sexuais, como explica o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Os vestígios de crimes sexuais do Acre, Alagoas, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins serão os primeiros analisados no centro aqui de Brasília, já que esses estados precisam de mais apoio nessa área.